quarta-feira, 1 de abril de 2009

INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO

Inclusão do Deficiente Auditivo
Valdereiz Rubim

A deficiência auditiva limita bastante o desenvolvimento do indivíduo. Considerando-se que a audição é essencial para a aquisição da linguagem falada, sua deficiência influi no relacionamento da mãe com o filho e cria lacunas nos processos psicológicos de integração de experiências, afetando o equilíbrio e a capacidade normal de desenvolvimento da pessoa.

Do ponto de vista geral, a importância da inclusão é para que percebamos que nem todas as diferenças inferiorizam as pessoas, e que a dificuldade está em aceitar aquilo que aparentemente foge da normalidade, originando assim o preconceito.

Faz-se necessário incluirmos, para que possamos proporcionar melhores condições nas escolas, para que ela venha formar gerações mais preparadas para viver a vida de forma plena e livre, sem preconceitos e barreiras.

A cada ano, a educação especial vem assumindo uma importância maior, dentro da perspectiva de atender às crescentes exigências de uma sociedade em processo de renovação e de busca incessante da democracia, que só será alcançada quando todas as pessoas, indiscriminadamente, tiverem acesso à informação, ao conhecimento e aos meios necessários para a formação de sua plena cidadania.

Já a educação inclusiva é uma implementação de uma pedagogia capaz de oferecer às pessoas com necessidades especiais as mesmas condições e oportunidades sociais, educacionais e profissionais acessíveis das outras pessoas, respeitando-se as características específicas de cada um.

A Educação Inclusiva dar-se-á através de mecanismos que irá atender a diversidade, como, por exemplo, proposta curricular adaptadas, a partir daquelas adotadas pela educação comum. O atendimento dos educandos portadores de necessidades educativas especiais incluídas em classes comuns, exige serviços de apoio integrado por docentes e técnicos qualificados e uma escola aberta à diversidade.

A educação especial, no atual momento, vive uma dinâmica vantajosa de transformação em termos da sua concepção e diretrizes legais. Neste contexto, vem reafirmar o compromisso de estabelecer um plano de ação político pedagógico para a área, que envolva a perspectiva de inclusão das pessoas portadoras de necessidades educativas especiais.

Partindo do princípio de “igualdade de oportunidade” e “educação para todos” é inegável que se devem ampliar as oportunidades educacionais para uma grande parcela da população em que está inserido o acesso e permanência à escolarização aos alunos considerados portadores de necessidades especiais.

As escolas inclusivas devem reconhecer e responder as necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parceria com as comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao contínuo caso de necessidades especiais encontrados dentro da escola.

Os alunos portadores de deficiência auditiva necessitam de métodos, recursos didáticos e equipamentos especiais para correção e desenvolvimento da fala e da linguagem.

A socialização do deficiente auditivo na sociedade dominante, onde ocorre o preconceito, a falta de educadores qualificados e o ambiente adequado para o atendimento do aluno com necessidade de Educação Especial para que seja amenizada esta problemática, a Educação Especial assume a cada ano, importância maior dentro da perspectiva de atender as crescentes exigências de uma sociedade em processo de renovação e de busca incessante da democracia, que só será alcançada quando todas as pessoas indiscriminadamente tiverem acesso à informação, ao conhecimento e aos meios necessários para a formação de sua plena cidadania.

A inclusão do deficiente auditivo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até os graus superiores de ensino, sob o enfoque sistêmico a educação especial integra o sistema educacional vigente, identificando-se com sua finalidade, que é a de formar cidadãos conscientes e participativos.

A educação deve ser, por princípio liberal, democrático e não doutrinário. Dentro desta concepção o educando é acima de tudo, digno de respeito e do direito à educação de melhor qualidade.

A principal preocupação da educação dessa forma deve ser o desenvolvimento integral do homem e a sua preparação para uma vida produtiva na sociedade fundada no equilíbrio entre os interesses individuais e as regras de vida nos grupos sociais. Desta forma o slogan “Educação para todos” representa um compromisso assumido por nosso país no combate à exclusão de qualquer pessoa do sistema educacional. Obvio está que para alcançarmos esta meta é fundamental enfrentarmos o desafio de tornar a escola um espaço aberta e adequado ao ensino de todo e qualquer aluno, incluindo aqueles com deficiência. Sabemos, entretanto, que são muitos obstáculos à oferta de educação a esse alunado, particularmente de maneira integrada, dentro dos princípios da educação inclusiva.

Sabe-se que, ainda há muito que fazer, pensar, pesquisar, discutir e debater sobre esse assunto, que por si só é tão complexo.

Pode-se falar em integração ou inclusão dos portadores de deficiência auditiva a medida que esses segmentos se mobilizarem para tentar minimizar o tema, certamente estaremos dando um passo definitivo contra a exclusão e a favor da inclusão constituindo um motivo para que a escola se modernize e atenta às exigências de uma sociedade que não admite preconceito, discriminação, barreiras sociais, culturais ou pessoais.

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